domingo, 11 de março de 2012

POESIA SOBRE LIXO, DE CASIMIRO DE ABREU, EM AÇÃO NATAL VERDE


                                                               O LIXO (CASIMIRO CUNHA  ANO-1944
Cada dia, a residencia
Que a higiene ensine e ajude,
Lança fora todo lixo
Na  defesa da saude.

Grandes cestos, grandes latas,
Guardando detrito escuro,
Enchem grandes carroçadas
Que seguem para o monturo.

Contemplando o movimento,
Lembremos que a sugidade,
Muitas vez foi qualquer cousa
em plano de utilidade.

Roupa usada, vestes rotas,
Velhas peças carunchosas,
Em outros tempos já foram
Queridas e preciosas.

Ornatos apodrecidos,
Tristes lampadas sem lume,
Conheceram muitas veses
Festas e luz, vida e perfume.

Resumem, contudo, agora,
O lixo que não convem,
Escuro e pernicioso,
Contrário á saude e ao bem,

Para ele, em todo o mundo,
A casa nobre e educada,
Reserva cada manhã,
A benção da vossourada.

Se não tem função de esterco,
Junto á terra menos rica,
Vai ao fogo generoso,
Que renova e purifica.

Na esfera de ensinamento
Da verdade sempre igual,
O lixo personifica
A estranha expressão do mal

escuta! se o bem de ontem
Hoje é mal e sofrimento
Não deixes de procurar
Os cestos do esquecimento.



















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